Mulher & Maternidade

Eu tenho medo dos medos que o meu filho tem.

5 de março de 2015

Há algum tempo, estamos enfrentando em casa uma situação muito delicada: o medo que meu filho Miguel sente de tudo. Ele tem medo de dormir sozinho em seu quarto, medo do escuro e agora ele não consegue ficar sozinho em lugar algum sem a presença de um adulto. É importante destacar a palavra “adulto”, pois a presença do irmão mais novo, que sempre o acompanha, não faz a menor diferença. É como se esse irmão não existisse para ajudar a aliviar seus medos.

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http://bbel.com.br/arquivo/post/como-lidar-com-o-medo-infantil

Lidar com essa situação tem sido bastante difícil para nós, pois é difícil estar presente o tempo todo ou garantir que sempre haverá alguém por perto. Além disso, estamos muito preocupados com o quão comum isso é em uma criança da idade dele.

Ao refletir sobre o assunto e tentar entender por que ele está agindo assim, lembro que eu também era uma criança muito medrosa e que até hoje carrego alguns medos. No entanto, quando eu reclamava, geralmente era repreendida. Meus pais diziam para eu parar com aquela bobagem e eu era obrigada a lidar com meus medos sozinha, sem muita ajuda. Ninguém nunca conversou comigo para tentar entender o que eu estava sentindo. Eu entendo por que foi assim, pois meus pais fazem parte de uma geração que não se preocupava muito com assuntos relacionados à psicologia infantil. Algumas queixas eram vistas como frescura ou besteira da idade que passaria com o tempo. Mas nem sempre é assim.

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https://conversademenina.wordpress.com/2010/10/06/artigo-como-lidar-com-o-medo-em-criancas/

Como uma mãe moderna, tenho procurado saber mais sobre o assunto e descobri que há uma infinidade de informações disponíveis. É incrível como o interesse por algo que estamos vivenciando (principalmente quando se trata do bem-estar de nossos filhos) nos torna pesquisadores incansáveis, quase especialistas no assunto.

O medo é uma emoção natural e uma resposta do corpo para sinalizar perigos. Ter medo é o primeiro passo para tomar consciência de nossa existência. Na verdade, a falta de medo é preocupante porque pode nos colocar em perigo. No entanto, quando esse medo começa a impedir que a criança faça atividades normais, torna-se um problema e pode até se tornar uma fobia que afeta seu desenvolvimento psicológico. Ao contrário dos medos normais que desaparecem com o tempo, as fobias tendem a persistir até a vida adulta.

Leia tambemhttps://ceudeborboletas.com.br/no-dia-das-criancas-o-melhor-presente-e-a-presenca-dos-pais/

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http://www.obrasileirinho.com.br/medo-infantil-como-ajudar-seu-filho-a-se-livrar-dele/

Estudos mostram que até os 5 anos de idade, as crianças têm medo mais acentuado e intenso. Esse medo está relacionado à imaginação, que está em pleno vapor, e como a criança não sabe distinguir a realidade da fantasia, tudo parece real.

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https://grupopapeando.wordpress.com/tag/medo-infantil/

Normalmente, o medo começa por volta dos 8 meses de idade, quando a criança começa a não querer ir para o colo de estranhos, e dura até os 7 anos de idade.

Cada fase apresenta um medo mais comum:

*  De 6 meses a 1 ano => Barulhos inesperados, perda de apoio, luz forte, separação das pessoas conhecidas, perda da figura de referencia (Mãe);

*  Entre 2 anos a 4 anos =>  Estranhos,  ficar longe dos pais, pessoas fantasiadas,  ficar só, do escuro, fantasmas, chuva, trovão;

*  Entre 4 e 6  anos =>  Animais, Monstros imaginários, bruxas, separação dos pais;

*  A partir dos 7 anos => Os medos são distintos, relacionados com coisas do cotidiano como doenças , conflitos dos pais, insucesso escolar…

E como lidar com esta situação?

Nós, pais, precisamos dispor de tempo e paciência para ouvi-los atentamente a fim de detectar o que está assustando e, de forma simples e verdadeira, esclarecer por que não devem temer.

Precisamos transmitir serenidade, evitando demonstrar ansiedade ou calma excessiva para que não assimilem sentimentos inadequados em relação ao medo. Jamais devemos rir ou zombar dos medos, pois isso diminuirá a confiança que a criança tem em nós para compartilhar seus temores.

E, por fim, devemos ficar atentos quanto à intensidade dos medos, pois a linha que separa um medo natural de uma fobia varia de criança para criança. Quando o medo foge do normal, um especialista deve ser consultado.

Abaixo, todas as leituras que fiz para elaboração deste texto. São sites que abordam o assunto por completo. Recomendo a leitura de todos:

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2 Comentários

  • Responder Juliana De Moraes Lacerda 6 de março de 2015 em 12:22

    Minha sobrinha passou por um período que tinha medo de sair de casa, e quase virou refém desse medo. Deixava de ir para passeios que gostava porque não conseguia enfrentar o que sentia, e o pior é que ela não conseguia definir o que ela temia de verdade. Foi preciso muita conversa e paciência para ajuda – la a superar esse momento.

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