Saúde

Como calcular o IMC Infantil

22 de novembro de 2016

IMC identifica não apenas a obesidade, como também a desnutrição nas crianças. Ambas as situações podem causar sequelas durante toda a vida

Mais importante do que crianças que ficam bem nas roupas e saem bonitas nas fotos são crianças que têm saúde. As que estão magrinhas demais ou gordinhas demais podem estar sofrendo com a desnutrição ou a obesidade, condições que coexistem em 44% dos países do mundo. Ambas as doenças, silenciosas e determinantes para o desenvolvimento infantil, podem ser detectadas com o cálculo do IMC.

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O índice de massa corpórea é a medida padrão internacional, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, para detectar o grau de nutrição dos indivíduos. O cálculo é feito a partir da famosa fórmula que divide a massa corporal pela altura elevada ao quadrado, mas que só funciona para os adultos. Para calcular o IMC infantil, existem algumas especificidades: as crianças costumam apresentar um alto índice de gordura enquanto são mais jovens e, conforme crescem, tendem a eliminá-la, além de haver diferenças na composição corporal dos meninos e das meninas. Por isso, a calculadora de IMC infantil considera também a idade e o sexo da criança.

As possibilidades de resultado para o IMC infantil variam. O recomendável é que a criança esteja com o índice normal, entre 18,5 e 24,9. Abaixo de 18,5 pode ser um caso de desnutrição, e acima de 24,9 pode ser tanto sobrepeso quanto obesidade.

A recomendação para conferir a saúde no quesito nutrição é levar os filhos mensalmente ao pediatra, que tem todas as informações para diagnosticar qualquer um dos problemas de saúde e poderá encaminhá-lo para um nutricionista especializado em crianças se necessário. No entanto, se os pais suspeitam que os filhos possam estar sofrendo com alguma dessas doenças, é possível calcular o IMC infantil com auxílio de algumas ferramentas virtuais, como sites e aplicativos que pedem dados como sexo, idade, peso e altura para informar o índice de massa corporal da criança. O uso desse tipo de facilidade deve ser apenas para orientação, e não substitui a ida à clínica ou ao hospital infantil.

RISCOS DA SUBNUTRIÇÃO

A desnutrição está relacionada a crianças que estão passando fome, que apresentam crescimento anormal e ficam doentes com frequência, geralmente nos locais mais carentes do planeta. Entretanto, a condição pode ser encontrada em qualquer família, quando a criança come menos do que o necessário ou realiza o desmame precoce, que, no Brasil, acontece aos três meses de idade, embora seja indicado até os 2 anos de vida.

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Quanto mais grave for o caso de subnutrição, mais alterações na composição corporal e no funcionamento do organismo a criança terá. Ela poderá sofrer com perda de músculos e gordura, provocando debilidade física; emagrecimento; desaceleração do crescimento; anemia; má formação óssea; alterações psicológicas, como apatia e depressão; comprometimento do sistema nervoso.

O problema atinge com mais frequência as crianças de 0 a 5 anos de idade, que são mais vulneráveis biologicamente e mais dependentes dos responsáveis. Entretanto, pode ser vista também nos adolescentes com distúrbios alimentares como a bulimia e a anorexia, em busca de um ideal inatingível de corpo.

RISCOS DA OBESIDADE

O primeiro desafio da obesidade infantil é reconhecê-la. Embora atinja 1 em cada 3 crianças no país, seja por fatores culturais que consideram crianças gordinhas como saudáveis ou devido a pais e mães também obesos que não veem o problema nos filhos, o excesso de peso é apenas um dos sintomas da doença. Ainda, crianças obesas podem ou não ter falta de ar e sofrer com compulsão alimentar.

Hand boy check heart by stethoscope

Hand boy check heart by stethoscope

As consequências da doença podem diminuir a expectativa e a qualidade de vida das crianças até que se tornem adultas, pois acarreta em elevados níveis de colesterol e triglicérides, aumenta a pressão arterial, desencadeia diabetes tipo II e favorece o surgimento de problemas cardíacos. Além disso, o excesso de peso está relacionado a apneia do sono, redução da fertilidade, dificuldades ortopédicas, propensão a alguns tipos de câncer e mais chances de ter um derrame.

A obesidade também pode ter como consequência a prática de bullying, ações intencionais e repetidas de violência. Os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos, pois as vítimas tendem a ter relacionamentos instáveis, ser acometidas por outras doenças e têm mais chances de se viciar.

 

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1 Comentário

  • Responder Ellen Belluco 8 de janeiro de 2017 em 18:39

    Paulo Ianone

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