Mulher & Maternidade

Depois dos meus filhos, sou a pessoa mais importante na minha vida

6 de junho de 2016

Eu sei que esta frase no primeiro momento pode parecer um tanto prepotente. Mas eu demorei pra chegar a esta conclusão. Na verdade só depois que meus filhos nasceram é que tomei ciência do tamanho da minha importância dentro da minha própria vida. Antes disso, todos vinham antes de mim. Eu pensava: Não quero morrer mas prefiro morrer antes do meu marido, da minha mãe, das minhas irmãs, enfim, de todos que amo. Este era o meu pensamento

Mas por que eu pensava assim? Primeiramente porque estas pessoas eram e continuam sendo pessoas que eu amo muito e a ausência delas me causaria uma dor imensurável. Mas vejam que a minha preocupação era na dor que eu sentiria caso elas partissem. E pra não sofrer desejava partir antes delas.

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Após o nascimento dos meus filhos isso mudou completamente. As pessoas mais importantes agora eram eles, meus filhos, e na sequência eu. Ganhei uma importância que eu nem sabia que tinha. Mas por quê? Porque embora eu ame meu marido, minha mãe, minhas irmãs e um punhado de gente, ninguém, absolutamente ninguém poderia me substituir como mãe dos meus meninos. Ninguém, por mais amor que tenha pelos meus filhos seria capaz de ser a mãe que me propus a ser.

A primeira vez que eu disse isso para alguém ouvi que eu era egoísta. Como poderia desejar viver mais que as pessoas que eu amava tanto? Eu respondi: Simplesmente porque a pessoa que eu amo mais, além dos meus filhos, sou eu. E se isso é ser egoísta, então sou muito egoísta mesmo.Mas uma egoísta realista.

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Meu marido é o melhor pai que meus filhos poderiam ter. Minha mãe a melhor avó possível mas mesmo assim, eu não consigo ver alguém sendo capaz de fazer tudo o que eu faço e faria por eles. E não só isso. Acredito que nós mães temos uma ligação com os filhos filhos que ninguém mais tem. E isso não é só um achismo. Alguns especialistas afirmam que a
presença da mãe representa a continuidade da vivência no útero e que até os 3 anos de idade a criança se enxerga como uma extensão da mãe. E os primeiros anos de vida são fundamentais para a vida adulta afirmam tantos outros especialistas, é o famoso 1000 dias.  

Quantas e quantas vezes eu identifiquei a febre dos meus filhos quando todos diziam que eles não estavam quentes. Sou capaz de perceber um arranhão por mais suave que seja só pelo simples toque. Sinto quando eles estão tristes ou querendo adoecer. Isso tudo porque sou a mãe deles. É claro que existem inúmeras exceções para o que estou relatando, mas via de regra é isso que acontece. E de verdade, salvo raras exceções, não existe nada melhor que carinho de mãe. E digo isso porque tenho na minha mãe a minha inspiração. Minha mãe, dona Maria, sempre foi o meu refúgio, meu cantinho preferido no mundo. Tudo podia estar indo mal mas bastava ela dizer que ia passar que eu acreditava e ficava bem. E um filho criado com carinho de mãe, amado pela mãe cresce sabendo amar. Portanto, quero viver muito ainda, só não mais que meus filhos. Quero poder ser a melhor mãe que eles podem ter. Aliás, sem falsa modéstia eu acho que já sou a melhor mãe que eu poderia ser na vida deles. Pelo menos tenho me esforçado muito pra isso.

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5 Comentários

  • Responder Aline Ribeiro Gonzaga 15 de junho de 2016 em 16:06

    Sou mãe de três meninos nunca imaginei que fosse ser mãe de verdade e é desse jeito mesmo, acho que ninguém é capaz de fazer uma mamadeira, um Nescau, um mingau como eu sempre fiz. Olhar todos as noites quando vou ao banheiro e cobri-los até hoje. Ser mãe é o melhor presente que Deus pode me permitir ser. Amo ser mãe.

    • Responder Mislene 1 de julho de 2016 em 21:44

      Obrigada Aline por compartilhar sua opinião aqui. É bem isso mesmo. Somos cheias de detalhes e de uma sensibilidade singular.
      Também amo ser mãe porque foi na maternidade que consegui resgatar valores que estavam esquecidos dentro do meu eu.
      Um grane beijo
      Mislene

  • Responder Isabela 26 de junho de 2016 em 02:56

    Parabéns! Também sou assim e me decepciono quando sei de mulheres que colocam o marido em um pedestal e relegam os filhos ao segundo plano. Mãe que é mãe, sempre vai fazer dos filhos a sua prioridade e digo sempre, não pode nem se dar ao ” luxo” de morrer. Filho é amor eterno.

    • Responder Mislene 1 de julho de 2016 em 21:42

      Oi Isabela! Desculpe pela demora no retorno.

      Fiquei imensamente feliz por você compartilhar sua opinião aqui que vai muito de encontro com o que penso. Também fico sem entender algumas mulheres que se deixam
      em ultimo plano dentro da própria vida. Os filhos já tem a sua posição de destaque e isso é inquestionável mas a posição seguinte não pode ser outra pessoa a não ser a gente né? Bjs Mislene

    • Responder Mislene 8 de julho de 2016 em 00:06

      Oi Isabela, obrigada por compartilhar sua opinião aqui. E concordo contigo, mãe é mãe. Bjs

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