Beleza Saúde

Diagnosticada com câncer de mama – Mas e os meus cabelos????

5 de abril de 2018
Sabe, aquela história de que somos mais fortes do que imaginamos é a mais pura verdade.
Quando recebi o diagnóstico de câncer não foi fácil, pois com ele surgem inseguranças e dúvidas. Tive que enfrentar os efeitos colaterais do tratamento, dentre eles, a queda de cabelo.
Meus cabelos sempre foram meu glamour, até porque,  sabemos que eles emolduram nossa face. A maior parte das pessoas consideram essa a pior parte da quimioterapia, pois a perda de cabelo acaba afetando sua própria identidade.
Também conhecida como alopecia, a queda de cabelo ocorre porque a quimioterapia atua tanto nas células cancerígenas como nas saudáveis, atingindo principalmente as células que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pela produção dos cabelos. Além da perda dos cabelos, a quimioterapia faz os pelos do corpo caírem também. Ou seja, a gente vira uma lagartixa. Definitivamente, não dá para se sentir bonita nem sensual, não é?
No geral, entre 16 e 21 dias após a primeira sessão de quimioterapia os cabelos se desprendem. Eles podem se soltar aos poucos ou em grandes chumaços, inclusive causando dor no escalpo. E olha, vou contar para vocês: nossa, como dói.
Por isso, a minha melhor dica é raspar antes de os cabelos começarem a cair de fato, porque diminui bastante a dor. Além disso, foi muito angustiante a sensação de ver meus cabelos caindo aos poucos e em chumaços.
Mas, não é preciso sair desesperada e raspar assim que se tem o diagnóstico. Dá para aproveitar um tempo ainda com os cabelos e, sobretudo, economizar as perucas e as próteses que serão usadas depois.
E prestem atenção: em dois ou três meses após a quimioterapia acabar, seu cabelo voltará a crescer. Esse novo cabelo poderá ter a mesma aparência do anterior ou alterar-se um pouco.
Vou listar aqui algumas dicas de como lidar com a queda de cabelos:
• Nunca se esqueça de consultar seu médico e perguntar se o seu tratamento poderá gerar queda de cabelo.
• A utilização de xampus e loções especiais não evita que os cabelos caiam.
• Cortes de cabelo: corte o cabelo curtinho ou raspe. Isso ajuda a lidar melhor com a situação, uma vez que é possível perceber melhor a queda sem um grande impacto. É doloroso perceber seus fios de cabelo no travesseiro, nas roupas, nas mãos, no carro, etc.
Se for raspar a cabeça, prefira um barbeador elétrico a uma lâmina de barbear. Quando for cortar ou raspar seus cabelos, prefira estar acompanhada e, sempre que possível, escolha um profissional acostumado com essa situação.
Durante meu tratamento após raspar meus cabelos, eu usei prótese capilar ou perucas. Isso me ajudou demais. Eu juro, que admiro quem use lenços ou tenha coragem de assumir a carequinha.
Se você acredita que se sentirá melhor com uma peruca, é melhor experimentá-la enquanto ainda possui cabelo. Esse procedimento é indicado para que você mantenha o mesmo tipo de coloração de cabelo, formato e comprimento. Veja se o seu plano ou seguro de saúde também cobre o valor da peruca. Caso contrário, entre em contato com alguma entidade de ajuda ao câncer ou peça orientação ao seu médico, pois ambos podem oferecer uma opção para que você tenha acesso a perucas. Não se esqueça de pedir ajuda também ao seu cabeleireiro, principalmente se tiver um como o meu – o Pedro, que, além de meu cabeleireiro, é meu amigo.
• Cuidados com os cabelos: seja cuidadosa ao lavar, secar e pentear os seus cabelos. Use um xampu suave, como os de bebê. Lave-os com delicadeza. Seque utilizando uma toalha macia, fazendo leves toques contra o cabelo, e não use um secador. Procure não escová-lo com muita força.
• Como o seu couro cabeludo pode ficar sensível, não utilize os seguintes itens: sprays de cabelo, produtos para soltar ou relaxar as madeixas, secadores, colorações, bobes e produtos que enrolem o cabelo.
• Após a perda de cabelo: proteja sempre seu couro cabeludo, pois ele pode se machucar facilmente durante e após a queda dos fios. É essencial evitar contato com o sol e lugares muito quentes ou frios. Sempre aplique filtro solar e use chapéus para proteger o seu couro cabeludo. Tente manter a sua cabeça sempre aquecida com chapéu, gorro, lenço ou outras peças de roupa.
• Use fronha de cetim, pois a de algodão pode irritar o couro cabeludo. O cetim fornece menos fricção com o corpo e, portanto, é mais confortável.
Os cabelos voltam a nascer em cerca de 90 dias após o fim do tratamento. Em alguns casos, ficam um pouco mais crespos. As modificações estruturais do cabelo depois da quimioterapia acontecem porque a matriz (região que controla a espessura e a simetria da bra capilar) é afetada pelo tratamento. Os fios podem crescer também em ciclos diferentes, primeiramente mais grossos e depois mais finos, o que deixará o cabelo desigual. A diferença no aspecto dos fios decorre da redução da espessura da fibra capilar e da elevada variação na espessura dos os no couro cabeludo do paciente. Após um ano do término do tratamento, a maior parte dos pacientes já está com o cabelo completamente normal.
Lembrem-se de que nós não somos Sansão, portanto, nossa força não está somente em nossos cabelos. Continuaremos em pé e lutando mesmo sem eles. E podemos utilizar os cabelos de outras pessoas. Então, vamos que vamos aproveitar as perucas, próteses capilares e mega-hair.
E COMO FOI COM OS MEUS CABELOS?
Eu estou compartilhando com vocês essa minha experiência em detalhes, porque espero que ela sirva para muita gente. A maioria das pessoas com quem conversei, quando recebeu o diagnóstico, saiu correndo para cortar ou raspar os cabelos ao som de uma música bem triste.
Nesse sentido, sinto-me afortunada por ter sido bem orientada pelo meu amado cabeleireiro e amigo Pedro Porciúncla (“Pedroca”). Ninguém mais, ninguém menos que ele para me ajudar. Ele foi a primeira pessoa que soube que meus cabelos originais não ficariam comigo por um tempo. Passei a conversar mais frequentemente com ele para discutir sobre o que fazer quando meus cabelos começassem a cair.
Um dia, ele me disse: “Bi, quando você quiser, venha me visitar. Por enquanto, vai aproveitando seu cabelo. Não pense em raspar agora!”.
E, eu aproveitei os meus cabelos enquanto pude. Após 16 dias do início da quimioterapia, meus cabelos começaram a cair mais intensamente. Posso dizer que esses dias antes de a quimioterapia fazer efeito nos meus os de cabelo foram essenciais para que eu me adaptasse à queda deles!
Dia 25 de junho de 2016, a renovação
Além de ser aniversário do meu marido, Mario La Torre Junior, esse dia em 2016 foi muito especial!
Como disse, os meus cabelos começaram a cair, de forma mais intensa, somente após 16 dias da primeira sessão de quimioterapia (ainda antes da segunda sessão).
Houve ainda outro relevante motivo para eu ter deliberado essa renovação: na consulta anterior, recebi a excelente notícia de que, após a primeira sessão de quimioterapia, meu tumor já havia começado a reduzir! Quer razão maior para renovar?
Então, fui até o Pedro fazer um corte. A ideia foi encurtar o cabelo, para ir acostumando com a ideia de não o ter. Depois de cortar, o Pedro já colocou a peruca. Em um primeiro momento, surpreendi-me com o fato de que a gente, paciente com câncer, vai perdendo o medo de coisas bobas e deixa de se estressar com coisas pequenas, pois percebe que algo muito maior existe. A peruca era incrível, pois era muito parecida com o corte que eu estava antes.
Assim, comemoramos o aniversário do meu marido com um almoço maravilhoso, contando com a presença de minha mãezoca.
 
Alguns dias depois, no dia 30 de junho, eu fui para minha segunda sessão de quimioterapia, desta vez acompanhada de minha mãe e minha irmã, que fizeram questão de vir a São Paulo para estar ao meu lado naquele momento.
Elas notaram que meus lhendos cabelos estavam caindo, caindo, caindo… (Ops, se eu continuar, não paro de escrever, porque caem, caem, caem… rsrs.) Naquele dia, eu tinha uns 35% dos meus os de cabelo.
Naquela tarde do mesmo dia, minha irmã fez duas surpresas para mim. Primeiro, ela levou-me à Hair Look, onde conheci o Carlos Cirqueira, cabeleireiro especializado em perucas e próteses capilares. A outra surpresa foi um presente: uma peruca nova, linda, mais comprida que a outra, uma prótese capilar.
Carlos raspou de vez os meus cabelos e fiquei carequinha. E não, não teve drama, mas foi muito simbólico.
Quando cheguei na Hair Look pela primeira vez junto com minha irmã e minha mãe, sentamos e esperamos o Carlos para nos atender. Logo chegou uma cliente (que depois soubemos que era antiga), com uma prótese toda torta e com a cola se desprendendo. Minha irmã e eu olhamos e ficamos apavoradas, achando que o câncer a tinha deixado louca. Ela estava com roupa de ginástica e com a prótese solta. Depois perguntamos para o Carlos se estava tudo bem com aquela cliente e ele disse assim: “Ah, filha, em uns dois meses você estará chegando aqui e já jogando a sua prótese/peruca no lavatório.”
É bem assim mesmo. A gente se acostuma com tudo. E hoje entendo completamente a maluca com a peruca torta.
Ah, outra coisa: para mim, não há necessidade alguma dos amigos ou familiares também cortarem ou rasparem! As perucas são muito caras!
Atualmente o mundo feminino gira em torno de procurar novas opções e novos caminhos para ficar sempre mais bonita. E com nós mulheres que tivemos ou estamos em tratamento para o câncer não deve ser diferente. Então vou contar um pouco do que fez parte do meu tratamento:
1. Próteses capilares
A prótese capilar é a solução mais moderna e confortável para mulheres em tratamento de quimioterapia e alopécia. Ela é feita  com fios de cabelo naturais implantados fio a fio em uma micropele que tem o desenho da nossa linha de cabelo. Diferente da tradicional peruca ela é leve, confortável, permite vida normal podendo dormir e tomar banho.
A peça é fixada com uma micro fita antialérgica transparente colocada somente nas bordas.
Vantagens
Melhora a auto-estima, pois o cabelo é a “moldura do rosto” e rejuvenesce.
Não há necessidade de ficar tirando a prótese para dormir e tomar banho.
Se alguém puxar ou tocar seu cabelo não percebe a peça, pois a fixação é perfeita e não faz ondulações ou volume.
É confortável, pois não aperta ou incomoda.
Pode praticar esporte, entrar no mar, piscina, ter vida social com naturalidade e segurança.
A impressão é de que o fio está saindo do seu próprio couro cabeludo.
Não precisa usar franja, você faz o corte de cabelo desejado e pode movimentá-lo para qualquer lado.
Eu usei e abusei das próteses.
2 ) Mega Hair:
Assim que meus cabelinhos já deram para colocar o megahair eu coloquei. Foi uma das melhores sensações da minha vida.
Meu primeiro megahair 💖
Os fios são costurados com micro link e a sensação é de que os cabelos estão saindo do seu próprio couro cabeludo.
Desenvolveram um método exclusivo para pacientes pós quimioterapia.
Lhennnnndas para mim foi um método incrível para amenizar os efeitos da quimioterapia e a técnica que o Carlos criou em 2012 “mega hair pós quimioterapia” .
O método é incrível, feito nos primeiros cm de cabelo, super seguro e confortável.
O melhor, não agride seus cabelos e você pode ter uma vida normal.
É feito uma base de sustentação no seu próprio cabelo para receber o alongamento no msm e trabalhado a cor e o corte, muitas cats já aderiram ao método e ficaram varios meses até os seus cabelo estarem de volta.
Eu fiquei com mega por 1 ano e 2 meses.
Coloquei um mais curto e um enormeeeeee.
Tirei essa semana pois meus cabelos cresceram bem.
Mas, logo volto a colocar. Rsrs
Meus cabelos já 😻.
 Vejam outros exemplos de megahair! Um sonho :

Saiba mais sobre a Dra. Fabíola Peixoto Ferreira La Torre

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