Saúde

DOENÇAS DE VERÃO EM CRIANÇAS – O que é mito e o que é verdade?

28 de dezembro de 2017

Sol e calor pedem muito protetor solar, hidratação, alimentação leve e muitos outros cuidados. É a estação mais esperada do ano, mas também a temporada das viroses, intoxicações alimentares, queimaduras, doenças de pele, otites, brotoejas, conjuntivite e outros tantos inconvenientes que deixam qualquer mãe de cabelo em pé.

Mas afinal, quais cuidados devem ser tomados com as crianças durante o verão? O que é mito e verdade? A pediatra Dra. Fabíola La Torre desvenda os principais mitos e comenta algumas verdades sobre as temidas doenças de verão. Confira.

1-      Passar protetor solar uma única vez desde que o fator seja alto é proteção garantida.

MITO – O protetor solar deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada 2 horas. Caso a criança entre na água deve ser reaplicado imediatamente.

2-      Lábios ressecados, língua seca e sede são sinais de desidratação.

VERDADE – A desidratação é uma doença grave e merece muita atenção. Diminuição da urina, olhos ressecados, náusea, tontura e falta de elasticidade da pele são outros sinais importantes. Hidrate seu filho. Use e abuse das frutas, sucos e muita água.  Caso note qualquer sinal de desidratação procure um médico.

3-       No horário de verão o sol está liberado.

MITO – A criança deve evitar o sol entre 10h e 16h. Cuidado com o mormaço, pois ele também pode causar queimaduras de pele. Não deixe de usar protetor solar nem mesmo na sombra.

4-      Comidinhas de praias são perigosas e devem ser evitadas.

VERDADE – Milho, pastel, queijo coalho, coxinha, empada, sanduiche e outras tantas delícias vendidas por ambulantes ou em qualquer estabelecimento cuja higiene seja duvidosa devem ser evitadas. Consuma alimentos frescos e que estejam devidamente refrigerados.

5-      Uso de tampão pode ajudar a combater a otite.

VERDADE – A otite é um infecção causada por fungo ou bactéria.  No verão por conta do maior contato com a água ela surge com força total. As dicas são: secar os ouvidos inclinando a cabeça para ambos os lados até a água sair totalmente. Jamais utilizar as hastes flexíveis. Utilizar um pano ou toalha para retirar o excesso, mas nunca enfiar objetos pontiagudos nos ouvidos para auxiliar a secagem. O uso de tampão também pode evitar a otite.

6- Ar-condicionado está liberado no verão.

DEPENDE – Tanto crianças alérgicas quanto as não alérgicas devem evitar temperaturas muito baixas. O ideal é que a fique em torno de 25 graus. Então, apesar de poder ser utilizado, devemos usar o ar condicionado com cautela, com temperatura adequada e com higiene adequada do filtro do ar.

7-      Diarreia e vômito são normais no verão.

MITO – Esses dois sinais são perigosos e podem indicar as temidas gastroenterites, levando o paciente a um quadro de desidratação e muitas vezes a graves infecções. Qualquer sinal deve ser observado por um médico.

Sobre a Dra. Fabíola La Torre:

A Dra. Fabíola Peixoto La Torre é médica formada pela Faculdade de Medicina de Campos, com residência médica em Pediatria com extensão em UTI Pediátrica e Infectologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Possui títulos de Especialista em Pediatria, Especialista em Infectologia Pediátrica e Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica. Mestre em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A Dra. Fabíola atua como Diretora da UTI pediátrica do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, e possui seu consultório no endereço: Av. Angélica, 1814, cj. 904 – Santa Cecília – SP. Telefone: (11) 3661-7080.

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2 Comentários

  • Responder Sanaira Silveira 22 de fevereiro de 2019 em 20:09

    Boa tarde,

    Meu nome é Sanaira, faço parte de um site de saúde (Planodesaude.net), onde fazemos diversos artigos sobre novidades, maternidade, dicas e tudo relacionado a saúde e bem-estar.
    Gostaria de oferecer um texto inédito para ser publicado em seu site, você aceita guest post? Já escrevemos para grandes sites como MSN, Catraca Livre, Terra, Mega Curioso, entre outros.

    O texto é guest post e não publieditorial, pedimos ao menos um link para nosso site, mesmo que seja na fonte do artigo.

    Aguardo seu retorno,
    Abraço.

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