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Ei, meu filho não tem “namoradinha”, ele é apenas uma criança.

18 de janeiro de 2016

Eu valorizo muito a relação de confiança que tenho com meus filhos, e por mais que eles ainda sejam muito pequenos, faço questão de conversar bastante sobre diversos assuntos, especialmente aqueles que envolvem a vida escolar, como a forma de se relacionar com os colegas. E dentro deste tema, não posso deixar de abordar “o namoro na infância”.

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Na minha visão, crianças não namoram, elas apenas se relacionam. No entanto, infelizmente, estamos vivendo em uma sociedade em que se tornou comum tratar crianças como adultos e confundir o que é próprio da idade delas. Muitos pais perguntam aos filhos, principalmente os meninos, se eles têm namoradinho(a), sem se importar com a idade deles. E muitos desses pais ficam incomodados quando a resposta é “não tenho”.

É preocupante perceber que há uma pressão social para que as crianças cresçam mais rápido e deixem de ser crianças. Pais orgulhosos afirmam que seus filhos não aceitam ser tratados como crianças e já se comportam como adultos. Eu entendo que o conceito de namorar na infância não implica necessariamente em se relacionar como um adulto, mas é difícil para a criança entender isso quando há tanta influência externa competindo com as orientações dos pais. Por isso, o diálogo frequente sobre o tema é cada vez mais necessário e importante.

Na minha casa, eu explico para meus filhos que eles são crianças e que crianças não namoram. Eles podem ter amigas, coleguinhas ou primas, mas não namoradas. Eu não abordo o assunto como algo proibido ou abominável, mas sim como algo que não é apropriado para a idade deles. Antes de expressar minha opinião, eu os escuto para compreender o conceito que estão tendo sobre o tema.

Não quero que meus filhos pulem etapas da vida simplesmente porque se sintam pressionados pela sociedade. Eles precisam aproveitar cada momento da infância sem a sensação de que estão perdendo algo. A vida deles precisa seguir um ritmo natural para que possam se desenvolver adequadamente.

Recentemente, meu filho Miguel, de 5 anos, me contou que tem uma coleguinha na escola que ele gosta mais do que as outras. Quando perguntei o motivo, ele disse que ela era a mais legal e também a mais bonita. Expliquei para ele que essa admiração não é um namoro, mas sim uma amizade gostosa de alguém que ele quer ficar perto. É assim que ele trata esse sentimento, como uma amizade pura e simples. E é isso que eu quero para meus filhos, que eles tenham amizades saudáveis e aproveitem cada fase da vida.

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A relação de confiança que tenho com meus filhos é a base sólida que nos permite enfrentar os desafios da vida juntos.

Leia também https://ceudeborboletas.com.br/fortalecendo-a-relacao-entre-pai-e-filhos/

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4 Comentários

  • Responder Juliana 9 de agosto de 2016 em 19:40

    Nossa muito bom ler esse texto e poder ver que não sou a única a pensar dessa forma. Fico indignada com isso que para os outros é tão normal. Adultos que ainda estimulam pegando duas crianças e dizendo pra uma beijar a outra, mtos acham fofinho, batem foto, chamam os outros pra ver, mas não consigo ver beleza nenhuma nisso, que não condiz com a idade deles.

  • Responder Solange 12 de agosto de 2017 em 15:36

    Boa tarde. Eu gostaria de ve o nome Eu amo muito uma ESTER

    Obrigada

  • Responder Marina 24 de março de 2018 em 22:04

    Faz um com o nome da minha Filha que vai nascer agora
    “Ayla “

  • Responder Maria Santana 8 de maio de 2021 em 09:29

    Meu filho vai e volta da casa do pai dele, mas eu sou muito precavida pois morro de medo de acontecer algo com ele no meio do caminho e é por isso que eu instalei o apk https://brunoespiao.com.br/espiao-de-senha-de-bloqueio no celular dele. Esse apk me dá várias funções o que me deixa por dentro de tudo o que acontece com ele.

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