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H1N1 na Infância – O que você precisa saber

16 de julho de 2016

A cada dia, surgem novas doenças que costumam trazer bastante preocupação para todos nós. Uma dessas doenças que é bem recente (sua primeira pandemia ocorreu em 2009) é a gripe suína, conhecida como gripe H1N1.

O vírus H1N1 é resultante da combinação genética do vírus suíno, aviário e humano e apresenta uma distribuição universal, ou seja, acomete todo o mundo. Também é chamada de gripe A, pois o vírus Influenza é dividido em A, B e C, sendo o vírus Influenza A H1N1 o responsável pela doença. Esse vírus é altamente contagioso e transmitido de pessoa a pessoa por gotículas ou objetos contaminados. No Brasil, os casos costumam ocorrer mais no outono e inverno, especialmente de maio a julho, porém outros casos podem ocorrer esporadicamente nos outros meses do ano.

H1N1 NA INFÂNCIA

As crianças, principalmente as menores de dois anos de idade, representam um grupo de risco para a doença, desenvolvendo infecções mais graves que geralmente necessitam de internamento hospitalar. Essas crianças estão mais expostas a complicações como a pneumonia, por exemplo, e podem desenvolver a forma grave da doença, que se não for tratada logo tem o risco de levar ao óbito.

Alguns casos podem ser assintomáticos (a criança é infectada mas não desenvolve a doença; porém, pode transmitir o vírus) ou oligossintomáticos (simulando um resfriado comum). Entretanto a maioria das crianças apresentam febre alta, tosse, cansaço, congestão nasal e dor de garganta. Entre 10 a 50% das crianças irão apresentar cansaço rapidamente progressivo, com possibilidade de ser necessário o uso de oxigênio. Outros sintomas incluem: calafrios, dores nas juntas, nos ossos, fadiga, falta de apetite, vômitos, dor abdominal e diarreia. No início, a doença se assemelha a outras que acometem as crianças, como o resfriado comum. A maioria dos indivíduos se recupera após sete dias de doença, mas há o risco de desenvolver otite, sinusite e pneumonia bacterianas, o que vai prolongar o tempo do tratamento. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais (testes sorológicos). O tratamento é feito através de medicações antivirais (Oseltamivir e Zanamivir).

www.apediatra.com.br

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A principal medida para controle da doença é a vacinação, disponível em nosso país. Essa deve ser realizada anualmente e é administrada pela via intramuscular (injetável). Preferencialmente sua aplicação deverá ocorrer antes dos meses de epidemia do vírus e tem o seu uso aprovado acima dos seis meses de vida. Pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. E para finalizar, é importante lembrar que a vacina da gripe não dá gripe pois ela é composta de fragmentos de vírus mortos. Porém ela é aplicada numa época do ano em que existe uma maior circulação de vírus que não estão presentes na vacina, por isso as pessoas ficam mais doentes. Outros cuidados que podemos ter para evitar a gripe, são: lavar sempre as mãos, evitar aglomerações, ingerir mais líquidos e cobrir a boca com o antebraço ao tossir.

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