Lá se vão praticamente seis meses de confinamento por causa da Covid-19 e quem é viciado em viagens não se aguenta mais de ansiedade de pegar o primeiro avião para fora do Brasil.
Com boa parte do mundo retomando a vida em fases, as promoções de voos internacionais estão rolando.
Os pacotes são tentadores e a vontade de clicar em “Comprar” é quase incontrolável. Mas será que vale mesmo a pena?
Pode ser que sim, dependendo de uma série de fatores. O primeiro deles é não comprar por impulso.
Antes de clicar o dedo no botão é preciso responder a uma pergunta simples: esse destino estava na lista dos lugares que quero conhecer?
Se a resposta for não, role a tela e deixe a vontade passar. Se for sim, ainda é preciso cautela porque a pandemia não acabou.
Mas se é possível sonhar com um pouco mais de clareza no horizonte quanto a um futuro próximo, vale considerar alguns aspectos práticos antes de encarar uma viagem para fora.
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Definir o objetivo
Ter a clareza de que está indo a passeio, para estudar, trabalhar ou para outra finalidade qualquer é fundamental para o planejamento de uma viagem.
É o objetivo que vai determinar o tempo de estadia, o destino e, consequentemente, o orçamento, conforme detalhado mais adiante.
Escolher o destino
Este ponto se tornou ainda mais importante nos cenários durante e pós-pandemia.
Por mais que alguns países já estejam retomando as suas atividades, nem todos liberaram o acesso de turistas estrangeiros.
É bom acompanhar as notícias e checar como estão as medidas de isolamento no país pretendido, quando haverá o relaxamento das mesmas, quais os protocolos de segurança adotados pelos governos.
Nova York e Paris, por exemplo, são destinos que vão continuar engavetados porque os governos dos EUA e da França ainda estão de portas fechadas para os brasileiros, em virtude do desenrolar da pandemia em solo tupiniquim.
Por outro lado, é possível visitar lugares como Egito, Maldivas e Polinésia Francesa, seguindo as exigências de cada governo para entrar no seu território.
O Reino Unido também permite a entrada de cidadãos brasileiros, porém, é preciso passar por uma quarentena obrigatória de 14 dias sob pena de multa de R$ 6.500. Essa exigência pode encarecer e até inviabilizar a viagem.
Já são 35 países com entrada liberada para brasileiros, a partir do atendimento de protocolos específicos:
- Albânia
- Andorra
- Antígua e Barbuda
- Armênia
- Bahamas
- Barbados
- Bermudas
- Camboja
- Croácia
- Cuba
- Dominica
- Dubai
- Egito
- Equador
- Haiti
- Honduras
- Irlanda
- Jamaica
- Kosovo
- Líbano
- Macedônia do Norte
- Maldivas
- México
- Polinésia Francesa
- Quênia
- Reino Unido
- República Dominicana
- São Vicente e Granadinas
- Santa Lúcia
- Sérvia
- Tanzânia
- Turcas e Caicos
- Turquia
- Ucrânia
Se por um lado muitos desses destinos possam parecer exóticos, por outro oferecem uma boa chance de explorar o mundo fora do roteiro habitual.
Dominar o próprio orçamento e analisar os custos da viagem
Com objetivo e destino definidos, é hora de ter domínio do próprio orçamento e conhecer os custos da viagem.
Por mais chato que seja, é preciso colocar todos os gastos em uma planilha ou contar com um aplicativo destinado a ajudar nesse tipo de controle.
Nesse documento devem estar todas as despesas mensais – fixas, com cartão de crédito e gastos extras, e as economias.
Só assim será possível ter a real noção da própria situação financeira para, se preciso, elencar o que é essencial e o que é supérfluo na hora de viabilizar a viagem.
Ao mapear os custos do roteiro desejado é fundamental lembrar que eles vão além de passagem e hospedagem.
O planejamento também podem contemplar gastos com passaporte, visto, tarifas, agência de viagens, transporte, alimentação, medicamento, seguro viagem, passeios, bilhetes de entrada de atrações culturais, presentes e até gorjetas.
Para quem vai fazer intercâmbio, é preciso considerar ainda a mensalidade dos cursos que serão realizados.
Outro ponto crítico é que, em geral, viagens internacionais são pagas com dólar turismo, que não para de se valorizar e já está em quase R$ 6.
Uma boa dica para não errar nas contas e evitar colocar os planos por água abaixo é usar um conversor de moeda.
Assim, dá para saber exatamente quantos reais serão necessários para colocar o pé no espaço aéreo.
Verificar documentos
Com a parte financeira em ordem, é a vez de checar um item essencial para realizar qualquer viagem de forma segura: a documentação.
O primeiro passo é verificar se o passaporte está atualizado e se antecipar a qualquer problema nesse sentido por causa dos prazos.
Alguns países só permitem a entrada até seis meses antes de o visto vencer, outros impedem a entrada de passaportes com mais de 10 anos de uso.
Em tempos de pandemia, seguro saúde é essencial. Importante aqui verificar se o plano cobre a Covid-19 e ler todas as cláusulas do contrato para evitar surpresas desagradáveis. Todo cuidado é pouco.
E se o destino for na Europa, ainda será preciso providenciar um cartão de saúde europeu. Ele garante acesso a cuidados médicos no serviço público, em caso de doença ou acidente durante a estadia.
A validade, normalmente, é de cinco anos, então, quem já esteve na Europa nos últimos anos tem uma preocupação a menos.
A validade da carteira de motorista é outro detalhe a ser observado se a programação da viagem incluir o aluguel de carros.
Com essas dicas, é possível se preparar para tirar o mofo da mala e entrar no avião novamente
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