Arte Filmes

O Quarto de Jack – um filme Forte

18 de fevereiro de 2016

Confesso que estava com receio de assistir porque imaginei ter cenas muito fortes as quais eu me sentiria mal. Mas fui surpreendida por um filme incrivelmente sutil, mas extremamente forte. A sutileza foi o meio que o diretor encontrou para contar uma história cruel que vai muito além da ficção.

 

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A trama conta a história de Jack (Jacob Tremblay), um menino de 5 anos que mora com sua mãe Joy ( Brie Larson) em um quarto de 10 metros quadrados. Joy foi seqüestrada quando tinha 17 anos e tem passado os últimos 7 aprisionada num quarto fechado, com uma pequena clarabóia no teto sendo sua única janela para o mundo.

 

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Neste pequeno espaço Joy vive uma triste realidade que envolve ter relações sexuais com um homem que destruiu a sua vida

e que ao mesmo tempo é responsável pela criança que é o motivo dela continuar viva.

 

Até o 5 anos, Joy contou para o filho que tudo o que ele via na TV era de mentira, que nada era real, inclusive as pessoas. Porém, alguns fatos acontecem que faz com que a mãe mude a sua perspectiva de vida a ponto de sonhar e planejar uma fuga com o pequeno Jack. Mas antes ela precisa preparar Jack e dizer a ele toda a verdade até então nunca contada, como por exemplo, que atrás daquelas paredes havia muito mais do que seus olhos já tinham visto.

 

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As atuações de Brie Larson e Jacob Tremblay estão espetaculares, mas apenas Brie está concorrendo como melhor atriz ao Oscar o que é meio injusto porque Jacob com apenas 9 anos dá um show com sua interpretação, abrilhantando todo o filme.

 

Não vou entrar em detalhes aqui porque a idéia é recomendar o filme e não contar todas as surpresas e emoções que ele vai proporcionar pra quem for assistir. Mas dois pontos me chamaram muita atenção e me despertaram alguns questionamentos:

 

 

  • A capacidade do ser humano em se adaptar às maiores adversidades, para tentar seguir com a vida a Joy criou um mundo totalmente paralelo. Mais que isso, ela criou um mundo pra ela e o filho como se não existisse outro, com suas próprias regras e rotina.

 

 

  • Em vários momentos, a narrativa é feita a partir do ponto de vista do personagem mais inocente, Jack. E é esse olhar de descoberta do menino que torna o filme ainda mais tocante e até mesmo doce diante de uma história tão devastadora.

 

É um filme extraordinário que nos mostra o melhor e o pior da condição humana, que faz você sentir raiva, compaixão, nojo, angustia medo, alivio um misto de emoções e sentimentos.

 

 

Concorre ao Oscar:

 

  • Melhor filme
  • Melhor diretor: Lenny Abrahamson
  • Melhor atriz: Brie Larson
  • Melhor roteiro adaptado: Emma Donoghue

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