Na semana em que se celebra o Dia das Crianças, mais do que pensar em qual brinquedo comprar para os pequenos, é importante aproveitar a data para refletir sobre cuidados com a saúde da garotada. A Dra. Cassiana Parise, do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty em Joinville (SC), orienta sobre as doenças que mais afetam a visão das crianças e salienta sobre o aumento de miopia em crianças pelo uso de smartphones, videogames e tablets.
A primeira avaliação na infância ocorre ainda na maternidade, com o teste do olhinho realizado pelo pediatra, que serve para diagnosticar precocemente doenças graves no bebê, como a catarata congênita, glaucoma congênito e até tumores oculares. Depois disso, não sendo diagnosticados problemas, a recomendação para realizar o primeiro exame completo com oftalmologista é próximo aos 6 meses de vida. Estando tudo normal, uma avaliação anual é suficiente.
Ambliopia – É a falha no desenvolvimento da visão de um ou de ambos olhos. Pode ocorrer por anisometropia (diferença de grau entre os olhos), por altas ametropias, por estrabismo, por catarata da infância ou outras doenças que afetam o desenvolvimento ocular. Na maioria das vezes, a criança não apresenta sintomas, a doença geralmente é diagnosticada na consulta com o oftalmologista.
O tratamento inicial visa a correção da causa da ambliopia, que pode ser via óculos, cirurgia de catarata, ou outros, de acordo com o caso, como também o uso de oclusão (tampão) para estimular o desenvolvimento da visão.
Estrabismo – É o desvio ocular, que pode aparecer já no nascimento ou durante a infância. Se causado por um desequilíbrio nas forças musculares (nos músculos que movimentam os olhos), o tratamento é cirúrgico. O principal sinal é o desvio ocular, geralmente de grande ângulo.
Outra causa do estrabismo é a alta hipermetropia, que pode gerar o estrabismo acomodativo. Nessa situação, o tratamento é com o uso de óculos. “A criança pode ter dificuldade de concentração principalmente em atividades que exigem visão de perto, cefaleia frequente e cansaço ocular”, conta a oftalmologista.
Ametropias (miopia, astigmatismo, hipermetropia) – Esses erros de refração indicam a necessidade de uso de óculos na infância. De acordo com a oftalmologista do Grupo Opty, é muito comum o atendimento de casos em que os pais dizem que a criança “não gosta de estudar ou tem preguiça”, mas ao realizar a avaliação, constata-se a necessidade de usar lentes corretivas e que o fato da criança não enxergar direito é o que a está desestimulando.
“É importante levar a criança ao oftalmologista regularmente, desde o nascimento, especialmente no início da vida escolar, para que problemas que afetem a visão não atrapalhem o seu desenvolvimento”, reforça a especialista.
De acordo com a especialista, vale lembrar que estudos recentes têm relacionado especificamente o excesso de uso de eletrônicos com o aumento dos casos de miopia, a dificuldade em enxergar objetos que estão longe, na infância. No Brasil, já em 2014 um estudo realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia mostrava que 21% das crianças entre 9 e 13 anos que utilizavam computador ou videogame por seis horas ininterruptas desenvolveram algum grau de miopia. “Para cada idade existe uma recomendação do tempo ideal para a utilização dos eletrônicos. O oftalmologista pode orientar quanto a esses limites”, explica a Dra. Cassiana Parise.
Estudos também demonstram que atividades ao ar livre e exposição ao sol ajudam a proteger os olhos da miopia. Essa foi a conclusão de pesquisadores da Universidade Sun Yat-sen, na China, em artigo científico publicado, em 2015, no The Journal of American Medical Association.
“Um dos principais fatores relacionados com o aumento da miopia atualmente parece ser a falta de exposição à luz solar direta, pois crianças que estudam muito e usam smartphones, computadores ou tablets por muitas horas têm menos oportunidades de brincar ao ar livre, ficando menos expostas à luz do sol. Por isso, apresentam um risco maior de desenvolver miopia”, esclarece.
Sobre o Opty
Anteriormente chamado de Hospital de Olhos do Brasil (HOBrasil), o Grupo Opty nasceu em abril de 2016 a partir da união de médicos oftalmologistas e do fundo de investimento Pátria, dando origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a execução da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País.No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina
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