Não são mais as luzes de um carrossel que iluminam os olhos das crianças, nem tão pouco despertam a magia do sonhar.
Ninguém mais espera o bom velhinho no Natal para ter nas mãos a Susy ou a Barbie cor-de-rosa, bolinhas de gude, pião ou carrinho de rolimã.
Esta nova geração, cada vez mais cedo, as crianças já possuem seu próprio celular em muitos casos em torno de 2 anos de idade.
De acordo com algumas teorias na psicologia os pais são modelos para as crianças. Modelo este que começa a estimular o bebê ao nascer.
No momento do nascimento, ao serem entregues para os braços das mães, o primeiro olhar das crianças é para um aparelho celular que com certeza estará presente para o registro do nascimento. Em algumas maternidades os pais já podem contratar os serviços de fotografia e filmagem no pacote da hospedagem durante o parto.
Pais e mães já começam a se questionar sobre este novo interesse das crianças, se por um lado as crianças ficarão maior tempo “quietas”, e assim sobra mais tempo para os pais em outras atividades, por outro a criança desenvolve uma relação com aparelho celular cada vez mais isolada em seu próprio mundo.
O Céu de Borboletas ouviu alguns relatos de pais sobre esta nova realidade no desenvolvimento de seus filhos, vamos a seguir conhecer algumas destas situações.
Mães que durante o período de licença maternidade se afastam do trabalho, mas absorvidas pelas atividades domésticas e com o período de adaptação com o bebê, tem como janela para o mundo as Redes Sociais. Neste contexto, a mãe terá tempo livre durante o sono da criança ou quando está amamentado. Este “tempo livre” é a realidade capciosa que faz com que algumas mães amamentem olhando o celular, deixando de observar o bebê e estarem com eles 100%.
É comum que crianças ao entrarem no carro comecem a chorar ou chamar atenção dos pais de alguma forma. Entretanto, mais comum ainda é que as crianças recebam o celular para brincarem e assim possibilitarem uma viagem mais tranquila.
Vale lembrar que de acordo com Código Brasileiro de Trânsito (Lei 9503/97 | Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997), estabelece, no artigo 64, que apenas a partir dos dez anos as crianças podem se sentar no assento frontal, inclusive sendo esta lei desrespeitada é considerada infração gravíssima. Os bebês devem ser transportados em assentos especiais, conhecidos como bebê conforto.
Assim como na situação do carro algumas mães relataram que para tomar banho, prepararem as refeições, também se utilizam do celular para manter a criança em silêncio e atenta a algo que não requer maior atenção dos pais.
Como podemos observar, todas as situações ocorreram com a intervenção dos pais que propiciaram acesso fácil da criança à internet. Estas situações ocorrem no período de Desenvolvimento da Personalidade da criança de 0 a 5 anos de idade (aproximadamente).
Este período de desenvolvimento será fundamental na essência para vida adulta, mas também transformadora para os pais, pois também estão desenvolvendo a capacidade de ver o mundo através dos olhos de uma criança em busca de descobrir o mundo em cores e magia.
Sabemos que não é saudável para uma criança ficar no celular o tempo todo e a medida para o controle deverá ser dosada pelos pais que muito provavelmente, farão exercício para não serem os principais modelos de comportamento e referência que reforcem um comportamento negativo.
Uma coisa é FATO, você não conseguirá proibir o acesso de uma criança à internet, afinal o mundo mudou, mas percebendo excesso, procure ajuda de profissionais específicos como psicólogos, professores, pediatra, converse com outros pais que vivenciam ou passaram por esta fase.
E não se esqueça, principalmente encante o seu filho com o super-herói que ele mais admira VOCÊ.
Você tem dúvida? Participe do Céu de Borboletas.
Mande sua experiência para nós e compartilhe a vivência com seus filhos !!!
IVETE DROZDOWSKI
Psicóloga Organizacional
Fotógrafa
Ativista na Causa Animal
Contato: @drozdowski_photos/
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