Mulher & Maternidade

Dar colo, atender quando o filho chora é sinal de amor

21 de novembro de 2016

Ele vai na contramão de muitos colegas e de muitos estudos, defende a criação com apego e é um dos pediatras mais famosos da Espanha, possivelmente o mais conhecido por suas publicações a respeito do assunto.

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Carlos Gonzalez esta no Brasil para o lançamento do seu novo livro “Meu filho não come” e eu tive a oportunidade de conhece-lo pessoalmente em um evento promovido pela Editora Timo. Minha admiração que já era grande, só aumentou.  É o tipo de médico que toda mãe gostaria de ter como pediatra para seu filho pois transmite tranquilidade e simplicidade em suas colocações e faz com que refletimos seriamente sobre a nossa procura incessante por respostas que muitas vezes estão na nossa frente por meio de nossos instintos.

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A questão do apego que ele defende em suas publicações é onde eu mais me identifico. Nunca entendi e aceitei bem esta coisa de ” Se ficar muito com ele no colo vai ficar manhoso” ou ” Deixa ele chorar que com o tempo se acostuma”. Estas frases sempre me incomodaram muito e por diversas vezes me peguei questionando o que realmente seria certo. E não se trata de apenas um palpite familiar mas sim uma recomendação usada por muitos profissionais. A primeira pediatra que fui disse que ficar com meu filho no colo fazia com que seu corpo ficasse dolorido. Outra disse que com o tempo o choro continuo do meu filho por ficar sozinho no berço diminuiria, bastava que eu tivesse paciência e persistência.

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Então você lê um livro como “Besame Mucho” e percebe que nada disse faz sentido. Que você precisa ouvir mais suas vontades e seus instintos reprimidos por uma sociedade “viciada” por regras e conceitos muitas vezes vagos e teóricos.  Segundo Gonzalez, o  instinto não é perfeito, mas, geralmente, é muito bom. O  instinto permitiu aos nossos antepassados criar os seus filhos durante milhões de anos, antes de existir qualquer civilização ou cultura.

Gonzalez defende que devemos tratar os nossos filhos com carinho e respeito e discorda que algum profissional esteja contra estes princípios. O que se passa é que alguns pensam que podem amar os filhos sem ter de lhes pegar ao colo ou consolá-los quando choram. Isso coloca um problema: como é que a criança sabe que gostam dela se ninguém o demonstra? Nós, adultos, demonstramos o nosso amor fisicamente: abraçamos os amigos e beijamos os cônjuges. Não é suficiente dizer a um namorado ou namorada “amo-te”. Um adulto necessita mais do que palavras para se sentir amado e um bebé, que não as entende, ainda mais.

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Um filho precisa saber que é amado. Sentir de verdade o quanto nós pais ou responsáveis o amamos. Uma coisa que me incomoda muito é a delegação deste amor. Quantos pais fazem isso e não percebem ou não querem perceber o que estão fazendo.

Um exemplo esta na contratação da babá. Sou super favorável a contratação deste profissional para ajudar no cuidado com os filhos mas discordo quando esta contratação se torna uma substituição de obrigação, uma fuga de responsabilidades dos pais.

Nas viagens de finais de semana que as vezes faço com a minha família percebo isso claramente. Muitos pais carregam a baba não para ajudar mas para ficar o tempo todo com a criança. Me pergunto: Quando é que esses pais ficam com o filho? Se numa viagem rápida de final de semana, num lugar que na maioria das vezes tem recreadores para crianças, o que leva estes pais a não conseguirem ficar um instante a sós com seus filhos? Alguns perdem até o jeito de abracar, beijar seus filhos porque delegaram isso para a babá. É tão triste de ver!

Reforço que não estou aqui defendendo a ideia que ter uma babá e levá-la numa viagem é um problema. O problema no meu ver é delegar a parte que cabe aos pais ou responsáveis como o carinho e amor. Isso não se repassa pra alguém fazer por você.

Criar um filho não é tarefa fácil e nunca será. Não existe mesmo um manual de instrução capaz de lhe orientar e dar todas as respostas que precisa. Mas temos que nos esforçar, seguir o que o coração diz e demonstrar todo o amor que temos por nossos filhos. Se nós não fizermos isso quem fará? Como nossos filhos sentirão o maior amor do mundo se nós pais não demonstramos isso à eles. E não estou falando apenas de palavras mas sim de atitudes. Não adianta dizer para o seu filho que o ama se você não consegue ficar 10 minutinhos dando atenção exclusiva à ele sem mexer no celular por exemplo.

A gente precisa abraçar mais, olhar mais nos olhos e dizer mais eu te amo para nossas crianças. Porque só assim se transformarão em adultos conhecedores do melhor e maior sentimento do mundo: O amor

 

 

 

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9 Comentários

  • Responder Erika Dos Santos Ximenes 21 de novembro de 2016 em 03:38

    Nana Negrão Murakami Fabio Murakami Diego Ximenes

  • Responder Kátia E. Laitembergue 21 de novembro de 2016 em 07:44

    Thiago Simon💙

  • Responder Denusa Lima 21 de novembro de 2016 em 09:06

    Fabio Dubay

  • Responder Josiele Mocelin Borgmann 21 de novembro de 2016 em 17:21

    Victor Hugo Borgmann Filho

  • Responder Ellen William Canto 21 de novembro de 2016 em 19:48

    Também acho né Elaine Combat

    • Responder Elaine Combat 21 de novembro de 2016 em 19:52

      Falamos disso recentemente. Concordamos. 😉💕😘 #criacaocomapego

  • Responder Sibeli Rodrigues 21 de novembro de 2016 em 21:05

    Manú Morás Caseirinhos da Nati Sabrina Rodrigues

  • Responder Marceli Zulma 22 de novembro de 2016 em 13:24

    Thiago Pilar

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