A diversidade dos atendimentos no consultório seja atendendo crianças, adolescentes ou adultos, com todas as variações de gêneros, religiões, gostos, crenças e qualquer outra característica individual, pude concluir que cada ser humano é único, ilimitado nas suas possibilidades, porém o que se torna, é a junção de informações, vivências, costumes, hábitos e comportamentos assimilados por quem e pelo que o cerca, o fruto não é diferente de sua árvore e está ligado as suas raízes, mas se necessário é possível ganhar novos contornos, novas formas e até novas características, quando bem cuidados.
No atendimento, cada caso é como uma “árvore”, quando o atendimento é infantil, o paciente inicial é a criança, ou seja, o fruto, com todas as nuances de suas demandas imaginárias e fantasiosas, vivendo as descobertas do mundo e descobrindo como se portar nele, porém existe paralelamente o atendimento aos adultos que convivem com os pequenos e que são os modelos que guiam seus comportamentos, são os galhos, são os troncos, do mesmo modo, o atendimento de adultos com suas queixas pontuais e questões racionalizadas, se atende ás crianças que eles foram, ás questões fantasiadas que não foram elaboradas na infância, no entanto ao atender o adulto-criança, atendo também os adultos que o cercavam, ou seja, é um olhar para as raízes que um dia também foram troncos e frutos.
Quem conhece e reconhece às próprias raízes, consegue lidar melhor com seus frutos, no consultório chegam pais com questões não elaboradas, não concretizadas na infância, mas que a vida fez com que não houvesse tempo para falar ou mesmo olhá-las, talvez tenham sido cuidadosamente escondidas, sufocadas pelo desejo de olhar para frente, porém quando os filhos aparecem, os afetos são aflorados e as carências infantis retornam e muitas vezes maiores do que realmente são.
O desejo de educar os filhos de forma que não haja lacunas, vão desde a compra de brinquedos, roupas e acessórios caros ou valiosos que não correspondem com as necessidades das crianças, as preocupações excessivas com escolas, cursos de línguas, de artes, enfim o desejo de preparar os filhos para o futuro, à culpa por não ter tempo, por não estar perto, por não poder errar, quando se faz isso se esta tentando satisfazer à criança anterior, que tem desejos infantis, mas valores adultos como noções de injustiça, preconceitos, negligência, ciúmes, inveja, ganância, orgulho, entre outros.
Antes de pensar nos seus frutos, tente entender sua árvore, suas necessidades, carências e também suas conquistas, é preciso refletir que às limitações não serão realizadas, nas realizações dos filhos, é preciso encontrar meios de realizá-las, aceitá-las ou ao menos entendê-las, os filhos têm as necessidades deles hoje, que precisaram ser atendidas, mesmo oferecendo todas as possibilidades virão às restrições, nunca se é suficientemente bom, não há o certo, não há o errado, há apenas o melhor que se pode fazer. O desejo de oferecer algo especial, não pode impedir que se ofereça o essencial.
Texto : Gláucia Rodrigues Araujo
Psicóloga, atuação há quatro anos, apaixonada pelas pessoas e amante da Psicologia desde sempre, minhas experiências com os atendimentos de crianças e adultos vão além dos conhecimentos aprendidos na faculdade e das teorias dos livros.
Acredito em uma Psicologia viva e igualitária que busca o bem estar e qualidade de vida a todos.
“Psicologia feita com alma, criatividade e amor.”
Formação:
Psicologia (Ênfase na Prevenção e Promoção da Saúde) Universidade Nove de Julho.
Psicologia das Emergências (Atendimentos de Transtornos de Estresse Pós-traumáticos)
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1 Comentário
Poderia colocar o nome Emanuelly grata !!!