Pré-eclampsia afeta cerca de 5 a10% das gestantes, chegando a atingir quase 8 milhões de mulheres em todo mundo
O nome assusta qualquer gestante ao escutar sobre os riscos de serem diagnosticadas com pré-eclâmpsia, pois é a maior causa de mortalidade materna e nascimentos prematuros dos bebês.
Para que ainda não sabe, a pré-eclampsia é caracterizada pelo desenvolvimento de hipertensão arterial no período gestacional. Dados apontam que cerca de 2% das grávidas, chegando a quase 8,5 milhões de mulheres em todo mundo, são diagnosticadas com a doença, que é responsável por 15% de todos os partos prematuros. Somente no Brasil, são tratados mais de 150 mil casos anualmente.
Dra. Ana Lucia Beltrame, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana reforça a importância do acompanhamento pré-natal apropriado diminuindo os riscos tanto para a gestante quanto para o bebê, pois muitas vezes a doença pode ser silenciosa. “A pré-eclampsia geralmente começa após as 20 primeiras semanas de gravidez em mulheres com pressão arterial normal, podendo, inclusive, ser assintomática. Recentemente tornou-se possível identificar aquelas pacientes com maior risco de desenvolver a pré – eclampsia e fazer a prevenção desta doença! Além dos dados clínicos e familiares, realiza-se a dosagem de um biomarcador no sangue materno chamado PLGF (fator de crescimento placentário) e, através de um programa especifico é possível calcular o risco da paciente desenvolver a doença hipertensiva especifica da gravidez. As pacientes de alto risco são orientadas a administrar ácido acetilsalicílico em baixas doses durante toda a gestação, sendo cientificamente comprovada a diminuição da incidência de pressão alta nestas pacientes com o uso desta medicação “
Mas o que faz uma paciente ter risco de desenvolver pré-eclampsia? Os fatores vão desde o histórico familiar, alterações antecedentes de hipertensão da gestante. Dra. Ana Lucia lista ainda os perfis de pacientes que mais correm o risco para o desenvolvimento da condição:
– Pacientes diagnosticadas anteriormente com hipertensão arterial sistêmica crônica;
– Mulheres na primeira gestação;
– Diagnóstico prévio de doenças como diabetes e lúpus da grávida ou de familiares;
– Gestantes obesas;
– Histórico familiar de eclampsia;
– Gravidez de gêmeos ou mais bebês;
– Gestantes acima de 35 anos ou menos de 18;
Um diagnóstico tardio pode dificultar o tratamento e trazer consequências fetais e maternas. “O tratamento é feito através de medicação oral durante toda a gravidez e a paciente é caracterizada como uma gestante de risco, com cuidados diferenciados durante o pré-natal”, finaliza Dra. Ana.
Fonte: Dra. Ana Lucia Beltrame, ginecologista e obstetra
Imagens: Bedmed
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