Pesquisa revela que substância pode causar efeitos adversos em bebês
Ele está presente em diferentes produtos. Com a função antioxidante, cuja finalidade é evitar a decomposição de óleo e gordura e também de manter a conservação de produtos, é facilmente encontrado em alimentos industrializados, materiais de embalagens, cosméticos e até mesmo medicamentos. Descobriu de quem estamos falando? Do butil-hidroxitolueno, o BHT.
Embora tenha seu uso permitido por órgãos internacionais e nacionais (dentro de um limite considerado seguro, pesquisas revelam que o BHT pode ser prejudicial à saúde quando presente além do limite de segurança.
Estudos trazem um alerta às lactantes que utilizam pomadas para fissuras mamilares à base de lanolina, pois alguns produtos comercializados aqui no Brasil utilizam o BHT em sua fórmula, mas se intitulam “puros” e omitem em suas composições a presença da substância. No Brasil, o limite aceito para o BHT é de 0,03mg/kg de peso corpóreo (proporção equivalente a 1:1.000.000). O BHT é um derivado fenólico, pertencente a um grupo químico com alto poder tóxico para o fígado e rins. Além disso, estudos realizados em todo o mundo revelam que o BHT tem a capacidade de aumentar o teor de lipídeos e de colesterol no sangue, além de dificultar a absorção de nutrientes como as vitaminas A e D. Reações alérgicas como urticária e dermatite eczematosa também estão descritos em outros estudos. Estudos registrados na década de 70 descrevem a ocorrência de tumores hepáticos em ratos, bem como a inibição in vitro da síntese de DNA de linfócitos humanos.
Análise realizada com as 5 principais marcas de pomada à base de lanolina para fissuras mamárias mais utilizadas no mercado apontou que, embora nenhuma delas citem em seus rótulos a presença de BHT, 4 delas possuem a substância em sua composição, em concentrações que variam de 120 a 140ppm (partes por milhão), o que chama a atenção de quem se preocupa com a saúde do lactente. Apenas a marca Lansinoh não apresentou BHT dentre os seus componentes.
Diante dessa realidade, fica alerta para que as lactantes prestem atenção nos rótulos e pesquisem sobre as composições dos produtos, a fim de saber o grau de pureza de cada marca. Quando se fala da saúde do bebê, não existe margem para correr riscos.
Observação: Pesquisa realizada no Brasil em 2016 e coordenada pelo Ginecologista Obstetra, Diretor da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
– FEBRASGO, Dr. Corintio Mariani Neto.
Imagem: Via Pinterest
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