Sim! Depressão Infantil existe! O que leva uma criança a sofrer com transtorno depressivo?
Os Fatos
Sim, a depressão infantil existe, embora não seja tão comum como acontece na idade adulta. Fato é que os pequenos também sofrem com a depressão, esclarece a Dra. Gladys Arnez, Neurologista Infantil e da adolescência, especialista em transtornos comportamentais, escolares, especialista no tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids em SP
Estatísticas apontam a prevalência da doença entre 0,2% a 7,5% das crianças abaixo de 14 anos aqui no Brasil.
Não há um consenso quanto a idade. Alguns estudos apontam que a depressão infantil pode se manifestar a partir dos 3 anos, outros, apontam a idade de 5 anos. A fase mais crítica, porém, começa no início da adolescência, dos 12 os 15 anos, inclusive com potencial risco de suicídio – explica a Dra. Gladys Arnez.
É preciso ressaltar que os sinais de depressão nas crianças são diferentes dos sinais que os adultos apresentam. Precisamos considerar que quanto menor é a idade da criança, mais dificuldade ela tem de descrever os seus sentimentos e quando ela tem essa dificuldade de se expressar, em geral, a criança acaba somatizando o problema. Assim, ela acabará reclamando de dores no corpo, camuflando o real problema.
Quais as Causas?
As causas são diversas, incluindo desde fatores genéticos e ambientais; abusos, ambiente familiar desestruturado, privações ou perdas familiares vivenciadas muito cedo. O fato é que não existe uma causa única que ocasione um quadro de depressão.
Como Diagnosticar?
O diagnóstico é mais complicado em se tratando de criança. Este vai depender da sua idade e também da sua maturidade. Alguns comportamentos podem indicar sinais de depressão, mas não são definitivos, como por exemplo, a “manha”. “Uma criança manhosa não significa que esteja passando por transtornos depressivos, isso não pode ser visto isoladamente, vai depender de outros fatores que podem estar envolvidos.” Esclarece a médica.
Sintomas e Sinais
- Reclamações de dores no corpo, como por exemplo, dores de cabeça constantes.
- Fazer xixi na cama com frequência.
- Irritabilidade.
- Não ter mais prazer em brincar ou em atividades que antes ela gostava de praticar.
- Medos
- Variações de peso, podendo ganhar ou perder.
- Dificuldades de concentração.
- Prefere ficar isolada de outras crianças.
- Pode apresentar cansaço constante.
O Diagnóstico é clínico e geralmente é feito através de uma avaliação interdisciplinar com diferentes profissionais, dentre eles o neurologista Infantil e a Psicóloga.
Tratamento
Os Pais precisam estar atentos, observando as mudanças repentinas no comportamento da criança e, claro, é necessário dar mais atenção e amor para ajuda-las nesse momento delicado. Para um diagnóstico correto é preciso buscar orientação profissional diante desses sintomas e assim encontrar o tratamento mais adequado. O ideal é que haja também medidas envolvendo a família.
O Tratamento é principalmente clínico com terapias envolvendo a criança, a família e a escola. Em casos mais graves precisamos de tratamento medicamentoso acompanhado pelo neuro/psiquiatra infantil.
Créditos:
Dra. Gladys Arnez é médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em Santo André/SP.
www.clinicaneurocenterkids.com.br
Instagram: @clinica_neurocenterkids
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1 Comentário
bom artigo, você é ótimo!